Acometendo principalmente mulheres, a “Síndrome da Bexiga Dolorosa ou da Dor Vesical” é caracterizada pela dor no baixo ventre e aumento da frequência urinária. É considerada um ‘’diagnóstico de exclusão’’, uma vez que outras doenças como infecção urinária, tumores do trato urinário e cálculos na bexiga podem causar sintomas semelhantes.
Acredita-se que a síndrome se deva a uma alteração de uma membrana que reveste a bexiga, formada por glicosaminoglicanos. Outros estudos apontam para a ativação de células que liberam a histamina (mediador inflamatório), chamadas de mastócitos.
A magnitude da dor e a frequência urinária podem variar de acordo com o paciente. Elas podem ainda impactar, sobremaneira, na qualidade de vida, limitando as atividades do indivíduo.
Para tratar a Síndrome da Bexiga Dolorosa (ou Dor Vesical), estão disponíveis várias terapias, nenhuma delas com bons resultados em todos os pacientes. É preciso encontrar qual delas melhor se adequa a cada caso. Contudo, inicialmente se utiliza medicamentos orais (amitriptilina e loratadina) e depois substâncias injetadas na bexiga (dimetil sulfóxido, heparina e ácido hialurônico). Em casos mais intensos, a implantação de neuromodulador pode ser tentada. Analgésicos podem ser utilizados no alívio da dor até que o tratamento principal surta efeito.