Cálculos (“pedras”) podem ser formados no trato urinário, em especial no rim. Tais cálculos podem ser eliminados através do ureter (canal que comunica o rim com a bexiga), causando dor lombar (cólica renal). Menos frequentemente, cálculos podem surgir na bexiga (em geral, após infecções urinárias ou procedimentos cirúrgicos).
É comumente recomendado que cálculos renais de pequeno tamanho sejam apenas acompanhados de perto. Para aqueles maiores que 6 a 7 mm, no entanto, pode-se realizar a litotripsia por ondas de choque (extracorpórea) ou a passagem de um aparelho (denominado ureteroscópio flexível) acoplado a um laser que fragmenta a “pedra”. A definição sobre uma intervenção ou outra cabe ao caso em si e à discussão com o paciente sobre os prós e contras de cada um.
Os cálculos no ureter podem determinar obstrução do rim e, por vezes, necessitarem de extração cirúrgica. Para tanto, se utiliza um ureteroscópio rígido, geralmente acoplado a um laser, para fragmentá-lo. Pinças pode ser usadas para auxiliar a retirada. Em alguns casos, é realizada a passagem de um catéter (sonda) interno denominado duplo J que desobstrui o rim. Também pode ser necessário enquanto o ureter se recupera da manipulação cirúrgica.
Cálculos renais muito grandes podem ser tratados por meio da passagem de um equipamento através do rim e fragmentação direta. Damos a esta cirurgia o nome de nefrolitotripsia percutânea.
Todas essas intervenções apresentam riscos como perfuração do ureter e infecções urinárias. Cabe ao urologista esclarecê-los durante a sua avaliação.
Como dito anteriormente, beber água adequadamente é uma excelente maneira de evitar a formação de cálculos, mas o ato também possui uma grande importância na prevenção da doença.
Algumas mudanças nos hábitos alimentares são essenciais para evitar essa condição, como reduzir o sódio na alimentação, limitar o consumo de proteína animal, obter a quantidade de cálcio ideal e consumir em quantidades menores alimentos que podem causar as pedras, como chocolate, beterraba e nozes, por exemplo. Contudo, isso dependerá do tipo de cálculo e dos riscos de formação para cada paciente. Em alguns casos, realizamos exames de urina e sangue específicos para avaliar o motivo pelo qual o doente apresenta calculose urinária